Descrição
Caixa/contentor de reciclagem para pilhas e acumuladores usados:
Como são reciclados os diferentes tipos de pilhas?
Pilhas, células e acumuladores são dispositivos que armazenam energia eléctrica utilizando processos electroquímicos e que posteriormente a devolvem. As baterias são geralmente entendidas como uma fonte de energia finita, uma vez que se esgotam e não são recarregáveis. As baterias, por outro lado, são normalmente recarregáveis.
Estas baterias contêm metais pesados e compostos químicos, que são muito nocivos para o ambiente. É muito importante não os deitar fora (na maioria dos países isto não é permitido), e levá-los a um ponto limpo.
Tipos de baterias:
- Pilhas secas: também chamadas “salinas” ou “zinco-carbono”, contêm muito pouco mercúrio (0,01%). Grau de toxicidade: Muito baixo.
- Pilhas alcalinas: Têm um teor de mercúrio de 0,5%. Grau de toxicidade: Tóxico.
- Baterias recarregáveis: Conter cádmio. Não contêm mercúrio. Nível de toxicidade: Tóxico.
- Células de botão: Algumas contêm até 30% de mercúrio. Grau de toxicidade: Muito elevado.
- Baterias “verdes“: são livres de cádmio e mercúrio, embora alguns dos seus componentes sejam desconhecidos. Grau de toxicidade: desconhecido.
Uma única célula de botão pode contaminar mais de 600.000 litros de água. Mercúrio e cádmio, juntamente com outros metais, não são destruídos pela incineração: são emitidos para a atmosfera.
Processo de reciclagem de baterias:
Geralmente, a reciclagem de baterias pode ser dividida em duas fases principais, uma vez que a triagem tenha sido efectuada correctamente;
Primeira fase de trituração ou moagem:
Nesta fase mecânica, as células e baterias são sujeitas a um processo de fragmentação onde o tamanho é reduzido, facilitando a separação dos materiais que compõem a bateria. Este primeiro passo permite que os materiais obtidos sejam classificados de acordo com a sua composição e depois enviados para processos específicos.
Os materiais que serão obtidos nos processos de reciclagem:
- Serão obtidos plásticos que serão subsequentemente reciclados e grazna de plástico.
- Metais ferrosos dos invólucros metálicos, que serão enviados para a indústria do ferro e do aço para obter novo aço.
- Fracções intermédias que serão tratadas numa segunda fase.
Segunda fase de tratamento:
Na segunda fase, podemos encontrar dois tipos de tratamentos:
Piro-metalúrgico:
Tratamentos a altas temperaturas que permitem a recuperação dos metais contidos nas células e baterias através da sua gaseificação e subsequente purificação e sedimentação. Alguns exemplos: Tratamento dos fornos Waelz da “massa negra”, a fracção não ferrosa das baterias salinas/alcalinas:
Os fornos Waelz são instalações para o tratamento do pó de zinco e outros resíduos da indústria do zinco. Devido ao elevado teor de zinco das baterias de sal/alcalino, é possível reciclá-las nesta instalação para obter diferentes produtos com elevado teor de zinco e manganês.
Fusão de chumbo: as placas de chumbo são submetidas a um processo de fusão e purificação após o qual são obtidos lingotes de chumbo que podem ser novamente utilizados como matéria-prima, na maioria dos casos para o fabrico de novas baterias.
Hidrometalúrgico:
Tratamentos físico-químicos que recuperam metais através de processos de dissolução com aditivos e subsequente concentração ou purificação.
Alguns exemplos: A massa negra (fracção não ferrosa de baterias salinas/alcalinas) também pode ser tratada com esta tecnologia, obtendo fracções de alta pureza de zinco e manganês. Como resultado desta segunda fase, dependendo da tecnologia a ser tratada, os componentes químicos que compõem as baterias serão obtidos em diferentes estados químicos (zinco, manganês, lítio, cobalto, chumbo, níquel, cádmio…) alguns deles são novamente utilizados na produção de novas baterias e outros são destinados a ferro e aço ou outros processos.
